POR: Raquel Morelli
Eu estava na fila da biblioteca, quando ele surgiu. Alto, magro, com uma camiseta xadrez vermelha e preta e com o capuz praticamente cobrindo não só a cabeça, mas o rosto também.
De longe eu o avistei... Visual despojado, jeito meio "largado". Quando ele se aproximava, reparei que ele tinha uma tatuagem no tornozelo direito. Tatuagem esta que de longe não dava para reparar em qual seria o desenho... Mas parecia que contornava o tornozelo. Era grande, mas bonita e simples.
Ele estava de chinelos e com uma bermuda bege. Quando ele se aproximava reparei em seu rosto: tinha barba. Ele segurava um livro.
Quando ele estava sendo atendido, a menina em sua frente disse algo para a mulher que o atendia e ele riu e fez piada.
O cara tinha um sorriso lindo por trás daquele capuz. E tinha também, senso de humor.
Tentei reparar ao máximo em qual era o livro que ele iria retirar, mas não consegui. Logo ele saiu, caminhando até seus amigos. Percebi que eles conversaram um pouco e se foram.
Ele se foi.
E eu não consegui descobrir nem ao menos o nome do livro, para poder ter uma pista do curso que ele fazia (e tirar algumas "pré conclusões").
Aquele cara da tatuagem, de algum modo me marcou. Passaria batido por mim, mas a fisionomia dele não saiu até agora da minha cabeça...
Fiquei imaginando o motivo daquela tatuagem, fiquei imaginando o desenho. Fiquei imaginando também em como seria seu cabelo, que estava coberto pelo capuz. Imaginei sua personalidade, se ele ia à festas, se usava drogas, enfim, imaginei seu jeito de ser .
E imaginei se eu, algum dia, o encontraria novamente, por aí...
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