Por Sofia Lobo
Precursor da Nouvelle Vague,
Hiroshima, meu amor (Hiroshima, mon
amour, 1959) foi idealizado e produzido à época da Guerra Fria. Imagina-se,
portanto, que falar sobre a paz quando era iminente a possibilidade de uma
explosão nuclear sem precedentes, era necessário.
Alan Resnais, diretor desta
obra, era na época conhecido por seus trabalhos documentais. Em Hiroshima percebemos a influência dessa
vertente cinematográfica. Principalmente no início do filme, são mostradas
imagens das vítimas da bomba lançada por norte-americanos em Hiroshima, Japão.
O enredo gira em torno de
dois amantes que se conheceram na cidade. Ela, uma atriz francesa, está de passagem
para gravar um filme. Ele, arquiteto japonês, teme a provável separação definitiva
de sua amada. Ambos são casados. Na última noite em Hiroshima, antes de voltar
para Paris, ela relembra seu passado trágico. Neste ponto, é válido enfatizar a
importância do modo como o diretor fez a alusão ao passado da personagem. O
filme mescla passado e presente, de maneira não cronológica, sem os
tradicionais flashbacks da época. O
espectador acompanha a memória da personagem, como se ele mesmo estivesse
relembrando.
Durante a Segunda Guerra
Mundial, aos 18 anos, ela vivia em Nevers e conheceu um soldado alemão, com o
qual viveu um tórrido amor. Numa tarde, num dos inúmeros encontros do casal,
ele é baleado. Morre nos braços da jovem, que enlouquece pela dor. Seus pais
raspam sua cabeça e a trancam numa adega, onde ela rumina seus delírios. A
atriz conta tudo ao amante, durante uma noite num bar de Hiroshima. Ele a
escuta entorpecido, e sente-se grato ao saber que ninguém mais conhece essa
história.
Hiroshima,
meu amor, trata com delicadeza sobre a paixão e o amor.
Entretanto, um espectador atento percebe o caráter crítico e documental de seu
enredo. Alain Resnais e Marguerite Duras, a roteirista, nos mostram de maneira
chocante o caos da guerra, suas feridas e memórias que de tão doloridas
precisam ser esquecidas.
É um filme romântico mas,
acima de tudo, uma história sobre a dor e o esquecimento.
sou loucoi para ver esse filme
ResponderExcluirnuiss amo filmes e aqui é um prato chieo bjus
Oi Kell!
ResponderExcluirLembro de ter lido boas criticas sobre este filme..uma dica pra quando tiver tempo.
Sim eu vou indo..naquela correria de sempre. E vc/ Tudo blz por aí?
Ah final de ano é meio tenso mesmo. Bom no meu casdo o ano inteiro é tenso @_@. To sempre com pilha Duracell kkk. Valeu por ter curtido o post com as cosplayers da Branca de Neve! Se prepare que logo haverá posts para cada princesa Disney!
bjs
Muito boa dica de filme!
ResponderExcluirVou procurá-lo.
Valeu mesmo!
Abraço!
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