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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Hiroshima, meu amor (1959)


Por Sofia Lobo
Precursor da Nouvelle Vague, Hiroshima, meu amor (Hiroshima, mon amour, 1959) foi idealizado e produzido à época da Guerra Fria. Imagina-se, portanto, que falar sobre a paz quando era iminente a possibilidade de uma explosão nuclear sem precedentes, era necessário.
Alan Resnais, diretor desta obra, era na época conhecido por seus trabalhos documentais. Em Hiroshima percebemos a influência dessa vertente cinematográfica. Principalmente no início do filme, são mostradas imagens das vítimas da bomba lançada por norte-americanos em Hiroshima, Japão.
O enredo gira em torno de dois amantes que se conheceram na cidade. Ela, uma atriz francesa, está de passagem para gravar um filme. Ele, arquiteto japonês, teme a provável separação definitiva de sua amada. Ambos são casados. Na última noite em Hiroshima, antes de voltar para Paris, ela relembra seu passado trágico. Neste ponto, é válido enfatizar a importância do modo como o diretor fez a alusão ao passado da personagem. O filme mescla passado e presente, de maneira não cronológica, sem os tradicionais flashbacks da época. O espectador acompanha a memória da personagem, como se ele mesmo estivesse relembrando.
Durante a Segunda Guerra Mundial, aos 18 anos, ela vivia em Nevers e conheceu um soldado alemão, com o qual viveu um tórrido amor. Numa tarde, num dos inúmeros encontros do casal, ele é baleado. Morre nos braços da jovem, que enlouquece pela dor. Seus pais raspam sua cabeça e a trancam numa adega, onde ela rumina seus delírios. A atriz conta tudo ao amante, durante uma noite num bar de Hiroshima. Ele a escuta entorpecido, e sente-se grato ao saber que ninguém mais conhece essa história.
Hiroshima, meu amor, trata com delicadeza sobre a paixão e o amor. Entretanto, um espectador atento percebe o caráter crítico e documental de seu enredo. Alain Resnais e Marguerite Duras, a roteirista, nos mostram de maneira chocante o caos da guerra, suas feridas e memórias que de tão doloridas precisam ser esquecidas.
É um filme romântico mas, acima de tudo, uma história sobre a dor e o esquecimento.

3 comentários:

  1. sou loucoi para ver esse filme

    nuiss amo filmes e aqui é um prato chieo bjus

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  2. Oi Kell!
    Lembro de ter lido boas criticas sobre este filme..uma dica pra quando tiver tempo.
    Sim eu vou indo..naquela correria de sempre. E vc/ Tudo blz por aí?
    Ah final de ano é meio tenso mesmo. Bom no meu casdo o ano inteiro é tenso @_@. To sempre com pilha Duracell kkk. Valeu por ter curtido o post com as cosplayers da Branca de Neve! Se prepare que logo haverá posts para cada princesa Disney!
    bjs

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  3. Muito boa dica de filme!
    Vou procurá-lo.
    Valeu mesmo!
    Abraço!

    http://jacifoiodiscovoador.blogspot.com

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