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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

QUASE FAMOSOS (2000)


Por Sofia Lobo

Quando a irmã mais velha sai de casa para tornar-se aeromoça (mas no fundo queria se ver longe da mãe neurótica), um adolescente fica com a sua preciosa coleção de discos, constituída principalmente por clássicos do rock dos anos 60 e 70. Ele ouve e se delicia com cada um; surge aí a sua admiração, mesmo contida, pelos músicos que deixaram sua marca na cultura musical norte-americana.

Logo Will Miller (Patrick Fujit) tem a chance de acompanhar uma banda em início de carreira, a Stillwater, durante uma turnê, a fim de escrever a matéria de capa sobre a banda para a Rolling Stone. Will aproxima-se dos músicos, que o chamam ironicamente de “O Inimigo”, porque a imagem da banda depende da impressão daquele garoto. É durante a turnê que Will se aproxima também da misteriosa Penny Lane (Kate Hudson), uma groupie que acompanha a Stillwater e tem um caso com o vocalista.

No início da viagem, William fica fascinado pela vida itinerante e pelo glamour dos palcos. Mas logo percebe que na verdade o rock é um negócio que precisa manter as aparências.

Não restam dúvidas que o jovem William Miller na verdade é um alter-ego curioso do próprio diretor de Quase Famosos (Almost Famous, 2000), Cameron Crowe. Prova disso é que ele mesmo já foi repórter da Rolling Stone no início da carreira.

Como em (quase) todos os filmes de Crowe, a música é a protagonista. Em Quase Famosos o diretor fez uma declaração de amor e (por que não?) nostalgia pelo “bom e velho” Rock’n Roll. Declarou a saudade pela música honesta, que exprimia os sentimentos mais profundos de uma geração. É nítido o tom crítico que Crowe manifesta sobre a transformação da música em negócio lucrativo.

Quase Famosos, unindo a crítica à moral, também sugere que deixemos de lado, ainda que por alguns instantes, todas as preocupações. Sugere que se viva mais e melhor, mas não como a mãe protetora de William, que se privava de todos os prazeres. Simplesmente aproveite. Carpe diem!

Quase famosos é a mistura da autobiografia do diretor com uma homenagem ao rock norte-americanos honesto aliadas à crítica da mercantilização da música e dos sentimentos.

Vale a pena assistir, principalmente pela seleção irresistível da trilha sonora:

01. America - Simon and Garfunkel

02. Sparks - The Who

03. It Wouldn't Have Made Any Difference - Todd Rundgren

04. I've Seen All Good People: Your Move – Yes

05. Feel Flows - The Beach Boys

06. Fever Dog – Stillwater

07. Every Picture Tells A Story - Rod Stewart

08. Mr. Farmer - The Seeds

09. One Way Out - The Allman Brothers Band

10. Simple Man - Lynyrd Skynyrd

11. That's The Way - Led Zeppelin

12. Tiny Dancer - Elton John

13. Lucky Trumble - Nancy Wilson

14. I'm Waiting For The Man - David Bowie

15. The Wind - Cat Stevens

16. Slip Away - Clarence Carter

17. Something In The Air - Thunderclap Newman

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0181875/





2 comentários:

  1. Vi esse filme nas férias e adorei!
    As músicas e a temática são realmente muito boas.

    Bjs
    Gabi Lima
    http://livrofilmeecia.blogspot.com

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  2. Nunca vi o filme e fiquei com uma vontade imensa. Curto de mais rock n'roll. E que trilha sonora!!
    Alugaria agora mesmo se pudesse.

    Bjs ;)

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