Boa tarde, leitores!
Bom, confesso que eu tinha uma resenha pronta para hoje, mas
assisti a um filme ontem (que vocês já devem imaginar qual é) e fiquei com
muita vontade de falar sobre ele na minha coluna.
“Ao mestre, com carinho” (To sir, with love) é um filme inglês de 1967, dirigido por James
Clavell. O filme chamou muito a atenção das pessoas na época de seu lançamento,
justamente por tratar de problemas relacionados a adolescentes desajustados, à
escola e ao preconceito racial. Ganhou diversos prêmios como Laurel Awards e
Grammy.
O longa começa com Mr. Thackeray (Sidney Poitier), nosso
protagonista, indo a uma escola localizada no subúrbio de Londres, para
confirmar sua vaga como professor. Ao chegar, ele examina a área e encontra um
garoto muito jovem fumando do lado de fora da escola (enquanto já deveria estar
em sala), o garoto pergunta, de forma agressiva e mal educada, o que Mr. Thackeray
deseja. Depois de uma breve introdução
de um professor mal humorado, o futuro professor encontra o diretor (Edward
Burnham), é nesse momento que descobrimos que, na verdade, Thackeray é um
engenheiro que, por não conseguir emprego em sua área, decide lecionar
temporariamente.
No dia seguinte, a tensão começa. O novo professor passa
conhecer a turma pela qual é responsável e seus alunos não parecem interessados
em nada, mesmo que estejam para se formar. Na verdade, o único interesse que
eles têm é o de infernizar a vida do novo professor.
Durante os intervalos, os professores se reúnem para tomar
chá, ler jornal e conversar. O professor mal humorado, Mr. Weston (Geoffrey Bayldon),
se mostra realmente desesperançado em relação ao comportamento dos alunos e
fala com ironia sobre eles, espalhando uma energia negativa no ar. Vemos que o
diretor também não vê soluções para o suposto problema, porém a professora de
finanças caseiras, Head Evans (Faith Brook), gosta muito de seu trabalho e de
seus alunos e a professora novata, Gillian Blanchard (Suzy Kendall), que, assim
como Thackeray, nunca lecionou antes, está animada, mesmo expressando medo em
relação aos alunos.
Alguns dias passam e, finalmente, os alunos conseguem tirar
Thackeray do sério. Ele desabafa, com raiva, para M. Blanchard,e, nesse momento,
ele descobre uma forma de reverter a situação. Ele volta à sala, joga os livros
na lixeira e fala para os alunos que, a partir daquele momento, eles seriam
tratados como adultos e os assuntos dados em sala seriam escolhidos por eles.
Logo, os resultados começam a aparecer, os alunos começaram
a se comportar muito bem, foram permitidos a fazer excursões semanalmente e a
pensar no futuro. Thackeray passa a lidar com os conflitos presentes na vida
dos alunos, com destaque aos problemas familiares, que são diversos, como
divórcio dos pais, a gravidez da mãe, sobrando para filha cuidar dos irmãos, a
doença e morte da mãe de um dos meninos, etc.
“Ao mestre, com carinho” é um filme antigo, mas os problemas
retrados ainda estão presentes nas escolas. O longa discute sobre o abuso da
autoridade do professor, o desânimo de alguns profissionais, preconceito racial
(o professor protagonista é negro e um dos alunos também, fazendo com que,
inevitavelmente, esse assunto surja durante o enredo), a vida pessoal dos
alunos e a questão do respeito (o filme mostra que respeito deve ser algo
conquistado, não imposto).
Realmente achei o filme bastante interessante e muito
emocionante. Mas há um ponto que não sai da minha cabeça: até que ponto o filme
é realista e a partir de quando ele se torna fantasioso? O sonho de um futuro
educador é fazer com que os alunos se interessem em aprender, mas transformar
uma sala inteira e que já está pronta para sair da escola é possível? É um
filme, lógico, mas acho que são pontos interessantes para serem discutidos,
além dos outros destacados.
É isso! Espero que tenham gostado da resenha e que, se ainda
não assistiram ao filme, assistam, vale muito a pena!
Até a próxima e boa semana :D
Resenha muito boa! Realmente gostaria de assistir a esse filme, parece envolver temas muito bons e envolventes!
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