Tecnologia do Blogger.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

X-Men: Primeira Classe (2011)

Por Sofia Lobo
É 1962. O mundo dividido entre duas superpotências– EUA e União Soviética- teme a iminente Terceira Guerra Mundial. A atmosfera é de apreensão e, a qualquer momento, uma explosão nuclear pode acabar com a vida na Terra. É nesse contexto que se insere X-Men: Primeira Classe (X-Men: First Class, 2011), retomada da franquia cinematográfica adaptada dos quadrinhos da Marvel Comics.
O risco da explosão nuclear é ainda maior porque o mutante Sebastian Shaw (Kevin Bacon), vilão excêntrico cercado por outros indivíduos com poderes extraordinários, como sua exótica ajudante Emma Frost (January Jones), traça planos grandiosos visando unicamente o seu poder sobre a Terra. Para impedi-lo, o jovem e poderoso telepata Charles Xavier (James McAvoy) une-se à CIA e recruta outros mutantes, como a sedutora Angel (Zoe Kravitz), Hank, ou “Fera” (Nicholas Hoult) e Raven, conhecida como Mística (Jennifer Lawrence). Une-se a eles Erik Lehnsherr (Michael Fassbender), dotado de excepcional capacidade de magnetismo. Erik, entretanto, é movido pela vingança e, não fosse por isso, é possível que ele se unisse à Shaw na intenção de dominar os seres humanos, uma vez que acredita na superioridade dos mutantes.
A franquia de X-Men surgiu em 2000 e foi dirigida por Bryan Singer (o mesmo diretor de Superman: O Retorno), e ganhou mais três produções (X-Men 2, de 2003, X-Men: O Confronto Final, de 2006 e X-Men Origens: Wolverine). Apesar da qualidade das cenas de ação, os filmes não versavam profundamente as questões de identidade e aceitação que norteiam a vida dos mutantes.
A nova produção, porém, é diferente. X-Men: Primeira Classe, reúne elementos importantes para um bom filme - roteiro coerente, boas atuações e técnica de qualidade, daí os inúmeros elogios da crítica e do público. Mas sua maior qualidade é a abordagem dos conflitos de identidade presentes na vida dos jovens mutantes de maneira menos superficial. Além disso, acerta ao dar certa leveza nos momentos de humor para quebrar o clima tenso, como quando os jovens mutantes exibem seus poderes uns para os outros.
Outro destaque do filme são as atuações. Michael Fassbender, que já se mostrou talentoso em Bastardos Inglórios (2009), interpreta sem exageros o jovem Magneto. Unido a James McAvoy, que desempenha perfeitamente o papel de Charles Xavier na juventude (surpreendentemente inteligente, espirituoso e boêmio, ao contrário do austero Professor Xavier na maturidade), completou o dualismo existente entre as duas maneiras de perceber o mundo.
Apesar de conter alguns erros que não respeitam a lógica dos outros filmes da franquia, X-Men: Primeira Classe é, sem dúvida, uma das melhores adaptações de quadrinhos para o cinema. Não se limita apenas à ação e aos efeitos visuais; ao contrário, estes são elementos necessários que complementam o roteiro. Além disso, soube tratar sem exageros o conflito central que permeia a vida dos mutantes: a aceitação na sociedade e, principalmente, por eles mesmos.

Um comentário:

  1. Perfeita a sua resenha Sofia! Concordo super com as partes sobre as atuações (excelentes mesmo de Jamer e Michael! *-*) e também foi um dos melhores filmeas adaptados de HQ. Parabéns! \o/

    ResponderExcluir

Blogger Template Mais Template - Author: Papo De Garota