Por Sofia Lobo
Ícone da Nouvelle Vague na década de 60, Catherine Deneuve é uma lenda viva do cinema francês e mundial. Ganhou notoriedade ao participar dos filmes Repulsa ao Sexo (1965), de Roman Polanski e A Bela da Tarde (1967), de Luis Buñuel, nos quais interpretou personagens intensos e de acentuada sexualidade.
A atriz de 67 anos esteve no Brasil em junho para divulgar Potiche – Esposa Troféu (2010), obra do diretor François Ozon, que abriu o Festival Varilux de Cinema Francês.
Em Potiche Catherine é Suzanne Pujol, esposa dedicada e submissa ao marido, Robert (Fabrice Luchini), que comanda rigorosamente a fábrica herdada pela esposa (e tem um caso com a secretária Nadége, Karin Viard). Os funcionários estão em greve e reivindicam melhores condições de trabalho. Robert é seqüestrado pelos manifestantes e têm um ataque cardíaco. Suzanne recorre a um antigo “amigo” comunista, Maurice Babin (o célebre Gérard Dépardieu) para convencer os sindicalistas a libertarem seu marido. Mesmo libertado, Robert não têm condições de trabalhar, então Suzanne assume o controle da fábrica, auxiliada pelos filhos Laurent (Jérémie Renier), fascinado por arte, e Joelle (Judith Godrèche), conservadora como o pai.
Potiche aborda em tom cômico e superficial temas como política e feminismo. Com diálogos dinâmicos, a rivalidade entre a esquerda e a direita é tratada com certa ironia e a personagem de Deneuve, antes uma “peça de decoração” de sua casa (daí o nome Potiche, vaso ornamentado) torna-se elo entre as ideologias. É burguesa e fútil, mas sabe o que é justo e reergue a fábrica ao proporcionar condições dignas de trabalho e conquistar a simpatia dos funcionários. Suzanne também nos surpreende ao revelar suas aventuras amorosas da juventude (inclusive com Babin), contrastando com a dona de casa, mãe e avó exemplar que se tornou.
Potiche é agradável, tem humor sutil e representa o bom cinema francês contemporâneo.
Oi Kell!
ResponderExcluirA deNeuve é uma atriz fenomenal. Sabia que ela já atuou com o Bowie em um filme de vampiros da década de 80?
Ajh eu tambem sempre gostei mais dos antagonistas de filme...eles tem muito mais personalidade e estilo! E o Rei Jareth é a prova disso. Quem não queria se meter naquele Labirinto maluco só para encontrar o Bowie no final *.*?
bjs
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