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quarta-feira, 6 de março de 2013

Minissérie: A Young Doctor's Notebook




Sinopse: Lendo seu antigo caderno de anotações o médico Vladimir Bomgard (Jon Hamm) relembra sua juventude quando, com 25 anos, chega na cidade rural de Muryovo para exercer sua profissão. Assim, ele retorna a 1917, nas vésperas da revolução russa, onde encontra a si mesmo (Daniel Radcliffe), um jovem recém-formado, um dos primeiros da classe (diga-se de passagem).
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Desde que os filmes do Harry Potter, assim como os seus livros foram concluídos, eu e milhões de fãs ficamos de certa forma órfãos. Afinal, foram anos acompanhando as histórias de J.K.Rowling e os filmes e crescemos com os atores que a cada ano mudavam e se desenvolviam, assim como nós. E é interessante acompanharmos a carreira deles, pois nos afeiçoamos e nos sentimos bem próximos. Pórem, temos que lembrar que eles não são os personagens, muitos são mesmo bem diferentes deles e partilham de outros princípios até.

E pensando assim que eu faço o possível para acompanhar todos os trabalhos desses atores que eu gosto tanto. Daniel Radcliffe, por exemplo, chegou a fazer alguns trabalhos diferentes durante as produções de Harry Potter, como My Boy Jack, um filme para TV de 2007 e December Boys, filme estreado no mesmo ano. E há também The Woman in Black do começo do ano passado, que eu ainda não consegui assistir.

No final do ano passado ele estreou a minissérie A Young Doctor’s Notebooks, onde interpreta a versão mais jovem de um Doutor, que anos depois de uma experiência inusitada em uma vila afastada da Rússia em uma clínica, remoei as memórias através de diários, cadernos onde relatou suas experiências. Baseada em uma coleção de pequenos contos do escritor russo Mikhail Bulgakov, é uma produção britânica exibida na Rússia pelo canal SkyArts 1. Ela é dividida em 4 partes, e se inicia e termina com o tempo presente do Doutor e ao longo do episódio mostra o que ele viveu no passado. O interessante é que o Doutor do passado e o do presente se encontram e se confrontam sobre diversos assuntos, desde a escolha em salvar uma paciente quase morta a questões mais sombrias como futuros vícios que podem decidir o futuro dele.

Um dos problemas que em muitas entrevistas com os atores nos observamos, é o problema de ser marcado com um único personagem. É claro que Daniel sempre será Harry Potter, mas o ator mostra que ele consegue sim interpretar e incorporar perfeitamente um personagem diferente, sem vincular ao que é marcado.
Durante todo a minissérie eu esqueci de Harry, quem estava lá era um médico jovem e atrapalhado, o primeiro de sua sala, que tem seus sonhos afundados pela sofrida realidade que enfrenta, que percebe que ler todos os livros nem sempre ajuda na prática.
Também destaco a excelente atuação de Jon Hamm, a estrela de Mad Men, que conseguiu me divertir e me agonizar com sua performace.

Vi no orangotag – a rede social que marcamos os seriados que vemos – que algumas pessoas não gostaram do final. Eu acho que o final foi bom sim, mas triste. É daqueles que não acabam com um grosseiro ponto final, mas sim que dá a liberdade para imaginarmos o depois, tirarmos nossas próprias conclusões sobre o que vimos, mesmo que for algo doloroso.

Super recomendo! Além do sotaque britânico gostoso de ouvir, ela nos surpreende bastante. De inicio pensei ser algo como uma comédia e com o passar percebemos o drama envolto nela, é praticamente uma dramédia. Mas um aviso para pessoas de estomago fraco: há cenas mais fortes, como sangue jorrando e outros casos que podemos observar em um hospital. Uma pena ele ser tão curto! Os episódios são de 20 e pouco minutos, o que não deixa cansativo, mais poderiam ser mais, ter uma segunda temporada quem sabe!
Até mais =D.



Andressa Leite @stonesandmilk
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