Por Sofia Lobo
Meia-Noite em Paris (Midnight in Paris, 2011) é uma ode à Cidade das Luzes. Logo no início do filme, somos presenteados com imagens feitas por uma câmera parada que registra as ruas e paisagens maravilhosas da cidade em diferentes momentos do dia.
Gil Pendler, interpretado por Owen Wilson (Marley&Eu, 2008), é escritor de roteiros em Hollywood e vai a Paris acompanhado da noiva, Inez (Rachel McAdams, Sherlock Holmes, 2009) e os pais dela John (Kurt Fuller, da série Better With You) e Helen (Mimi Kennedy, A Morte Lhe Cai Bem, 1992) – os quais acreditam que 18 mil dólares por uma cadeira é pechincha e só pensam em consumir Paris, enquanto Gil prefere admirá-la.
Carla Bruni, cantora e primeira – dama da França, faz uma pequena participação como guia turística. Sua presença delicada, ainda que rápida, traz uma leveza encantadora para as cenas.
Gil Pendler, insatisfeito com o seu trabalho, teme tornar-se um escritor medíocre e comercial. Busca inspiração em Paris, assim como muitos artistas, escritores e cineastas que admira como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Matisse, Vincent van Gogh, Ernest Hemingway, James Joyce, Scott Fitzgerald e Luis Buñuel.
Enquanto a noiva visita museus, restaurantes e lojas sofisticadas com os pais e um amigo de faculdade extremamente pedante (uma crítica mordaz de Allen aos pseudo-intelectuais), Gil prefere simplesmente caminhar pelas ruas de Paris e observar suas paisagens.
Numa noite, após algumas taças de vinho, Pendler decide caminhar até o hotel. Quando um sino anuncia a meia-noite, é surpreendido por um carro muito antigo que o leva para uma Paris mágica da década de 20, onde ele encontra alguns escritores e artistas que reverencia. Esse é o início de uma viagem ao passado que assusta e encanta o jovem escritor. É, também, o pressuposto utilizado por Woody Allen para mostrar que idealizamos o futuro e reverenciamos o passado, mas esquecemos que a única coisa real é o presente, ainda que seja efêmero.
Gil Pendler, com sua personalidade sonhadora, é a personificação de todos aqueles melancólicos que adorariam viver qualquer época, exceto a própria.
Trailer:
Nossa parece bom o filme... taí uma boa dica... estou pra ver dois e não consigo, mais depois vou ver se acho esse na locadora pra ver... adoro os filmes de Owen Wilson, ele é um excelente ator. Parabéns pelo post!! Bjs
ResponderExcluirhttp://artesdosanjos.blogspot.com/
Infelizmente ainda não consegui assistir a esse filme, mas vou assistí-lo em breve! Gostei de ver o Owen Wilson saindo daqueles típicos filmes de comédia para fazer algo mais denso de Woody Allen! Acho que será impossível eu não gostar de um filme que possui ingredientes como Paris, arte e a década de 20. Adorei a resenha! Você escreve muito bem.
ResponderExcluirSabor Baunilha,
ResponderExcluirConfesso que não simpatizo com o Owen Wilson; já estava na hora de fazer um papel relevante!
E obrigada pelo elogio : )